segunda-feira, 19 de maio de 2014

A primeira *

Olé ! :)

Pois bem, há pouquinho dissemos que o dia foi muito concorrido. E já que o objectivo deste nosso blog é partilhar o nosso dia-a-dia então vamos partilhar convosco aquilo que hoje fizemos.

Na sequência do trabalho de Psicologia da Sara, irmã da Catarina, sobre a praxe tivemos a oportunidade de comparecer na aula dela e falar um pouco sobre este grande bicho-de-sete-cabeças de que toda a gente fala mas na realidade, não sabe nada!

Ora, os colegas de turma (ou uma parte deles) tinha uma ideia errada ou distorcida, digamos, sobre a praxe.

[ Escusado será dizer que muita desta má imagem de que a praxe tem sido vítima é culpa da comunicação social e dos seus exageros, mas isso é um outro assunto que daria muito mais que falar. ]

O nosso papel nesta entrevista exclusiva foi partilhar um pouco da nossa experiência, como caloiras e praxistas que fomos e mostrar-lhes que existe mais para além daquilo que se fala.
Claramente que houve divergência de opiniões mas basicamente o que eles sabiam (ou achavam que sabiam) era o que lhes tinha sido dito ou pelos familiares - que foram também praxistas - ou por conhecidos ou pela boca da comunicação social. Não acreditem em tudo o que vos dizem! Nós apenas podemos falar da nossa experiência e quanto a isso temos muito a dizer! Não podemos responder pelas práticas praxistas de outras faculdades e cidades quando não as conhecemos ou vivemos. É claro que existem histórias e regras que se conhecem de umas e de outras mas cada um sabe daquilo que viveu.

Fizemos parte da ESTSP – para quem não sabe, Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto – que, por sua vez, faz parte da Academia do Porto daí que as nossas regras sejam ditadas pela própria!
Estas regras são respeitadas por todos e é isso que mantém a harmonia e o balanço na praxe e nas restantes actividades académicas. Tal como em tudo na vida é preciso respeito e na praxe isso não muda. Nem tudo é consensual, não temos de concordar, apenas temos de aceitar!

Existem exageros? Existem! Mas a palavra final é sempre vossa! Engane-se aquele que achar que a praxe é obrigatória e que vão ter que fazer tudo o que vos exigirem. A praxe não é obrigatória e só lá está quem quer; ninguém vos vai obrigar a nada que vá contra os vossos princípios. Quando isso acontecer, é importante que respeitem a vossa personalidade e distingam o certo do errado. Além disso, o papel dos doutores e veteranos na praxe não é prejudicar o caloiro mas sim protegê-lo! Nunca seria sequer permitido colocar um caloiro em perigo – a segurança deles tem de ser a prioridade máxima.

E como já dissemos antes, nós apenas podemos falar daquilo que vivemos e o que temos a dizer sobre a nossa praxe é positivo! Sim houveram coisas más, e sim nem todos os dias foram bons. Mas tal como a vida, a praxe é injusta! E olhando para trás, fazendo um replay dos nossos anos de vida académica não nos arrependemos de nada e sentimos que fizemos o melhor! Chegamos ao fim da nossa vida académica juntas e foram os melhores anos da nossa vida! Apenas fica a mágoa de não termos feito mais…mas a praxe continua!

Dura Praxis Sed Praxis!

No final de tudo acho que o nosso objectivo foi conseguido :) a praxe não é assustadora e não tenham medo de experimentar. Há testemunhos e testemunhos e cabe a vocês próprios decidirem o que é bom e o que é mau. A última palavra é sempre vossa! :)

Em suma, gostávamos de salientar os seguintes aspectos:

- Os exageros bem como as atitudes indesculpáveis ocorrem em todo lado, independentemente da fase da vida que nos encontremos! Sempre existirão pedófilos, patrões abusadores, racismo, xenofobia e bulliyng nas escolas, entre outros problemas públicos. A praxe não é excepção, podem ocorrer exageros mediante a índole daquele que os pratica. Para isso é importante que sempre exija uma entidade que assuma a espécie de uma supervisão. E acreditem, que pelo menos no Porto isso acontece.

- Os estudantes não são vândalos nem simplesmente bêbedos. São pessoas! Que erram, como todos os outros! Parem de crucificar, vandalizar e denegrir a imagem desta classe. Até porque o Doutor vândalo de hoje pode ser o médico salva-vidas de amanhã. Beber? Todos bebemos! Porque é que só nós é que somos criticados?!

- A recruta é um tipo de praxe. Muito mais agressiva e exigente, por sinal, e não é por isso que os militares são vistos como monstros.

- Todos se apressam a apelidar a Praxe de violenta. Mas não são menos violentas as abordagens que vêm a ser feitas a Estudantes pelo simples facto de estarem trajados. Desde insultos, a ameaças de violência física entre outras relíquias que o melhor mesmo é ignorar. Do nosso jeito meio tosco de quem pretende viver a vida ao máximo, nós somos o futuro e asseguro que cada um de nós assumirá a sua função da melhor forma possível.

Espero não me estar a esquecer de nada xDD.

Gostava apenas de dizer: falem de Praxe, falem muito, mas primeiro vivam-na. Eu não me atrevo a fazer grandes discursos à cerca de Arquitectura, porque eu simplesmente não sei nada sobre esse tema.


Deixamos-vos com uma foto de hoje =)


Beijinhos e até muitoooo breve =D

Carla e Catarina *



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