Olé ! :)
Pois bem, há pouquinho dissemos que o dia foi muito
concorrido. E já que o objectivo deste nosso blog é partilhar o nosso dia-a-dia
então vamos partilhar convosco aquilo que hoje fizemos.
Na sequência do trabalho de Psicologia da Sara, irmã da
Catarina, sobre a praxe tivemos a oportunidade de comparecer na aula dela e
falar um pouco sobre este grande bicho-de-sete-cabeças de que toda a gente fala
mas na realidade, não sabe nada!
Ora, os colegas de turma (ou uma parte deles) tinha uma
ideia errada ou distorcida, digamos, sobre a praxe.
[ Escusado será dizer que muita desta má imagem de que a
praxe tem sido vítima é culpa da comunicação social e dos seus exageros, mas
isso é um outro assunto que daria muito mais que falar. ]
O nosso papel nesta entrevista exclusiva foi partilhar um
pouco da nossa experiência, como caloiras e praxistas que fomos e mostrar-lhes
que existe mais para além daquilo que se fala.
Claramente que houve divergência de opiniões mas basicamente
o que eles sabiam (ou achavam que sabiam) era o que lhes tinha sido dito ou
pelos familiares - que foram também praxistas - ou por conhecidos ou pela boca
da comunicação social. Não acreditem em tudo o que vos dizem! Nós apenas podemos
falar da nossa experiência e quanto a isso temos muito a dizer! Não podemos
responder pelas práticas praxistas de outras faculdades e cidades quando não as
conhecemos ou vivemos. É claro que existem histórias e regras que se conhecem
de umas e de outras mas cada um sabe daquilo que viveu.
Fizemos parte da ESTSP – para quem não sabe, Escola Superior
de Tecnologia da Saúde do Porto – que, por sua vez, faz parte da Academia do
Porto daí que as nossas regras sejam ditadas pela própria!
Estas regras são respeitadas por todos e é isso que mantém a
harmonia e o balanço na praxe e nas restantes actividades académicas. Tal como
em tudo na vida é preciso respeito e na praxe isso não muda. Nem tudo é
consensual, não temos de concordar, apenas temos de aceitar!
Existem exageros? Existem! Mas a palavra final é sempre
vossa! Engane-se aquele que achar que a praxe é obrigatória e que vão ter que
fazer tudo o que vos exigirem. A praxe não é obrigatória e só lá está quem quer;
ninguém vos vai obrigar a nada que vá contra os vossos princípios. Quando isso
acontecer, é importante que respeitem a vossa personalidade e distingam o certo
do errado. Além disso, o papel dos doutores e veteranos na praxe não é
prejudicar o caloiro mas sim protegê-lo! Nunca seria sequer permitido colocar
um caloiro em perigo – a segurança deles tem de ser a prioridade máxima.
E como já dissemos antes, nós apenas podemos falar daquilo
que vivemos e o que temos a dizer sobre a nossa praxe é positivo! Sim houveram
coisas más, e sim nem todos os dias foram bons. Mas tal como a vida, a praxe é
injusta! E olhando para trás, fazendo um replay dos nossos anos de vida
académica não nos arrependemos de nada e sentimos que fizemos o melhor!
Chegamos ao fim da nossa vida académica juntas e foram os melhores anos da
nossa vida! Apenas fica a mágoa de não termos feito mais…mas a praxe continua!
Dura Praxis Sed Praxis!
No final de tudo acho que o nosso objectivo foi conseguido
:) a praxe não é assustadora e não tenham medo de experimentar. Há testemunhos
e testemunhos e cabe a vocês próprios decidirem o que é bom e o que é mau. A
última palavra é sempre vossa! :)
Em suma, gostávamos de salientar os seguintes aspectos:
- Os exageros bem como as
atitudes indesculpáveis ocorrem em todo lado, independentemente da fase da vida
que nos encontremos! Sempre existirão pedófilos, patrões abusadores, racismo,
xenofobia e bulliyng nas escolas, entre outros problemas públicos. A praxe não
é excepção, podem ocorrer exageros mediante a índole daquele que os pratica.
Para isso é importante que sempre exija uma entidade que assuma a espécie de
uma supervisão. E acreditem, que pelo menos no Porto isso acontece.
- Os estudantes não são vândalos
nem simplesmente bêbedos. São pessoas! Que erram, como todos os outros! Parem
de crucificar, vandalizar e denegrir a imagem desta classe. Até porque o Doutor
vândalo de hoje pode ser o médico salva-vidas de amanhã. Beber? Todos bebemos!
Porque é que só nós é que somos criticados?!
- A recruta é um tipo de praxe.
Muito mais agressiva e exigente, por sinal, e não é por isso que os militares
são vistos como monstros.
- Todos se apressam a apelidar a
Praxe de violenta. Mas não são menos violentas as abordagens que vêm a ser
feitas a Estudantes pelo simples facto de estarem trajados. Desde insultos, a
ameaças de violência física entre outras relíquias que o melhor mesmo é
ignorar. Do nosso jeito meio tosco de quem pretende viver a vida ao máximo, nós
somos o futuro e asseguro que cada um de nós assumirá a sua função da melhor
forma possível.
Espero não me estar a esquecer de nada xDD.
Gostava apenas de dizer: falem de Praxe, falem muito, mas
primeiro vivam-na. Eu não me atrevo a fazer grandes discursos à cerca de
Arquitectura, porque eu simplesmente não sei nada sobre esse tema.
Deixamos-vos com uma foto de hoje =)
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